quarta-feira, 4 de junho de 2014

BC - Filho único ou não?

Está ai algo que paira quase sempre sobre a minha cabeça...

Eu sempre disse que gostaria de ter três filhos. Talvez por ver minha mãe com seus três irmãos e de como eles se ajudam. Famílias grandes tendem a ser mais companheiras e eu quero muito isso para a Clara e para os outros filhos que vier. Li um texto muito bonito esses dias que dizia que filhos são dom de Deus, uma dádiva para fazer dos lares mais felizes e tenho pensado muito nisso desde então.

Claro que preciso admitir que, se para a primeira gestação não havia medo algum em engravidar e ter um bebê, agora... São muitas mudanças físicas e emocionais, principalmente emocionais, porque, vamos admitir, a mulher vira uma montanha russa emocional que nunca para após a gravidez e o nascimento de um filho. Do que eu acabei concluindo que uma gestação demanda muito da mulher, muito mesmo, é uma anulação plena de si para trazer a vida nova e ao trazer essa vida, uma reconstrução daquilo que se foi, para o que agora se é.

E tem também um medo lá no fundo de passar pelo parto de novo...

Do que eu acabei concluindo que, no alto de seis meses no mundo da maternagem, perguntar-se por um segundo e um terceiro filho é complicado. Estamos envolvidas tão profundamente com o bebê, com as mudanças, com o cansaço... (que tem dias que é tanto que você pensa que não quer filhos nunca mais rsrs).

Quero ter outro filho sim. Se a idade permitir, e as condições financeiras também, talvez até um terceiro... (do que entra aqui um detalhe engraçado, a minha mini fobia de engravidar de gêmeos rsrs). Só que agora, nesse momento, não sei dizer quando e nem como, se Clara terá três ou seis anos... Isso só o tempo mesmo e de como as coisas vão encaminhar por aqui.

Abraços,

Daniela

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Sobre a Gravidez



Tenho pensado muito em uma palavra para definir minha gestação. Em termos físicos, foi uma gravidez tranquila, é claro que tivemos por aqui muito enjoo (com direito a vomitar demais) e a calor extremo no finalzinho mas, no geral, tudo caminhou super bem. No entanto, as coisas não iam tão bem no nível emocional.

O ano de 2013 foi um período muito conturbado para a minha família. E talvez a marca mais forte disso tenha sido a doença da minha mãe que, para mim, que tinha descoberto a gravidez recentemente, foi barra pesada. Eu senti muito medo. Medo de que ela não pudesse estar comigo no momento em que eu mais precisava.

Nisso, mestrado, trabalho e casa foram se avolumando a ponto de me inundar, eu não dava conta de muita coisa. Apenas das minhas aulas, dadas na zona rural no período noturno. Eram dias bem esperados na semana, porque eu esquecia e era bom esquecer... E no entanto, bem no final da gestação, descubro que o Estado não cobre a licença maternidade para professoras contratadas e que eu teria de deixar meu cargo para ter direito a algo que é meu DIREITO! 

E isso tudo uma semana antes de dar a luz... Pensa só?

Eu definiria assim, esses nove meses, como de silêncio e solidão. Nunca me senti tão só, comigo e meus pensamentos. 

E talvez... Talvez por isso, a minha relação comigo mesma no pós parto e tantas novidades acontecendo tenha sido tão conflituosa.

É claro que também tiveram os bons momentos. Eu defino o último trimestre como o melhor, eu estava mais antenada no que era estar grávida e mais tranquila sobre minha mãe, finalmente parei de enjoar com quase 7 meses, passei a cuidar de preparar as roupinhas, o cantinho da Clara.

E como nove meses parece tanto tempo e tão pouco tempo ao mesmo tempo? Quando penso neles, penso que eu queria ter curtido um pouco mais, ter mais fotos da barriga, em todos os meses, ter estado mais relaxada, ter procurado mais companhia. Eu já acompanhava alguns blogs, mas não tinha energia para fazer um...

A melhor lembrança com toda a certeza sempre serão os movimentos da Clara, pois eram eles que me davam forças para fazer o meu melhor, por ela, por mim, pelo meu marido e pela minha família.

E vamos que vamos né?

Bjos,

Daniela