segunda-feira, 2 de junho de 2014

Sobre a Gravidez



Tenho pensado muito em uma palavra para definir minha gestação. Em termos físicos, foi uma gravidez tranquila, é claro que tivemos por aqui muito enjoo (com direito a vomitar demais) e a calor extremo no finalzinho mas, no geral, tudo caminhou super bem. No entanto, as coisas não iam tão bem no nível emocional.

O ano de 2013 foi um período muito conturbado para a minha família. E talvez a marca mais forte disso tenha sido a doença da minha mãe que, para mim, que tinha descoberto a gravidez recentemente, foi barra pesada. Eu senti muito medo. Medo de que ela não pudesse estar comigo no momento em que eu mais precisava.

Nisso, mestrado, trabalho e casa foram se avolumando a ponto de me inundar, eu não dava conta de muita coisa. Apenas das minhas aulas, dadas na zona rural no período noturno. Eram dias bem esperados na semana, porque eu esquecia e era bom esquecer... E no entanto, bem no final da gestação, descubro que o Estado não cobre a licença maternidade para professoras contratadas e que eu teria de deixar meu cargo para ter direito a algo que é meu DIREITO! 

E isso tudo uma semana antes de dar a luz... Pensa só?

Eu definiria assim, esses nove meses, como de silêncio e solidão. Nunca me senti tão só, comigo e meus pensamentos. 

E talvez... Talvez por isso, a minha relação comigo mesma no pós parto e tantas novidades acontecendo tenha sido tão conflituosa.

É claro que também tiveram os bons momentos. Eu defino o último trimestre como o melhor, eu estava mais antenada no que era estar grávida e mais tranquila sobre minha mãe, finalmente parei de enjoar com quase 7 meses, passei a cuidar de preparar as roupinhas, o cantinho da Clara.

E como nove meses parece tanto tempo e tão pouco tempo ao mesmo tempo? Quando penso neles, penso que eu queria ter curtido um pouco mais, ter mais fotos da barriga, em todos os meses, ter estado mais relaxada, ter procurado mais companhia. Eu já acompanhava alguns blogs, mas não tinha energia para fazer um...

A melhor lembrança com toda a certeza sempre serão os movimentos da Clara, pois eram eles que me davam forças para fazer o meu melhor, por ela, por mim, pelo meu marido e pela minha família.

E vamos que vamos né?

Bjos,

Daniela

2 comentários:

  1. Dani não acredito que no estado seja assim, é cada coisa né?!!?
    Eu tb enjoei muito, mas foi no primeiro trimestre e apesar de ter curtido mto a gravidez queria ter tido mais tempo para mim, mas a rotina corrida não permitiu!!
    Pq vc ñ participa do nosso grupinho de blogagem coletiva?? Amanhã é dia e o tema é : Filho único sim ou não??
    Se quiser entrar me avisa que passo seu link para a Lalah te linkar!

    Beijos

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    1. E o pior Suzy, eles me dariam só um mês de licença e eu ficaria sem o salário de janeiro, tive de deixar o cargo e tirar a licença maternidade pelo INSS, sofri demais, pois gostava muito das minhas turmas. Fazer o que né? A vida segue...

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