terça-feira, 2 de setembro de 2014

9 meses depois - como está a mamãe?

E como está a mamãe da Clara nove meses após o parto?

Eu diria que expor como se está depois de dar à luz, vai para além de só dizer do aspecto físico já que, acredito eu, nada muda tanto uma pessoa quanto a entrada no mundo da maternidade. 

Portanto, vamos primeiro aos dados físicos da coisa toda. rs

Eu fiz uma cesária eletiva. E é óbvio que, embora tenha sido uma decisão consensual, ela não foi feita pesando a desvalorização do parto normal. Aliás, algo que eu queria e ainda quero muito mas, convenhamos, toda mãe que não possui uma renda muito alta, sabe o quão arriscado é se expor a um parto normal sem as características do parto normal humanizado. E, sinceramente, não queria MESMO correr esse risco com minha filha.

Então, eu cheguei a data do parto - 22/11/2013 -, como uma grávida bem relax. A última semana foi marcada mesmo por uma leve ansiedade e sofrimento com o calor. Terminei a gestação com 39 semanas e 1 dia e 73kg - pesando o emagrecimento imenso que tive com os enjoos, engordei 8 quilos durante esse tempo.

Com a amamentação exclusiva, perder o ganho de peso foi rápido, muito rápido. Em dois meses eu já estava no meu peso normal e em mais alguns eu já estava pesando como a dez anos atrás, na época em que iniciei a faculdade. Dos 73 fui para os 58. E é ai que entra aquele monte de gente para achar que você está doente e blablablá.

Eu só tive um perrengue entre o quinto e sexto mês da Clara, os mais tensos da amamentação, ai sim, confesso que passei muito mal de fraqueza e esgotamento, cheguei a ir no médico e fazer um batalhão de exames e estava tudo ok. A fraqueza era mesmo de exaustão e cansaço. Dois itens que tenho lutado diariamente para não pesarem tanto na minha saúde.

Dos remédios que tomei, vale ressaltar o antibiótico mega forte devido ao início de mastite. Até um assunto para outro post sobre amamentação.

Outro perrengue foi o cabelo, Jesus, nunca pensei que fosse cair tanto... E muito... E desesperador... Eu pensei que ia ficar careca. Daí que para amenizar os efeitos, eu fui cortando o comprimento dele aos poucos, o que fortaleceu e ajudou a criar volume e voltar a crescer bem. Porém, dei adeus ao meu cabelão... E o tanto de branco que está aparecendo?

E da parte emocional.

Hoje vejo como certo de que cada corte de cabelo foi um expurgo, de tudo que eu estava sentindo, vivendo e me transformando.

Em alguns momentos, pensei que iria enlouquecer e, as vezes, ainda penso que vou. Nos três primeiros meses da Clara tive que concluir a escrita da dissertação de mestrado, foi intenso e extenuante. E ainda tinha que conciliar com o conhecer o bebê e a nova rotina.

Depois foi vivenciar aprender a lidar com o cansaço e com o início das papinhas. E hoje, é o choro da crise dos oito meses.

Tem dias que são, na maternidade, luminosos e felizes. E, em outros, você não sabe ao certo onde é que se meteu e como vai conseguir resolver tantos perrengues.

Meu desafio maior continua sendo conciliar o bebê e a rotina de limpeza de casa, minha casa está sempre pedindo uma vassoura. E, viver só como dona de casa por vezes me leva a um stress sem precedentes...

Ah e tem o choro  sem motivo.... Esse, minha gente, para uma apreciadora maior do silêncio... É tenso, viu?

Do que eu percebo que eu cresço a cada dia com a Clara e me supero ou não em vários aspectos dessa nova vida. É um constante aprendizado em que, espero, eu consiga sempre fazer o meu melhor.

Abraços,

Daniela


- quase um ano depois, a mesma árvore, mas quanta diferença... 2013-2014 -


- Cabelo, cabelão, cabelo curto - 

Um comentário:

  1. Suas lindas!!

    A faxina fica por último, Dani, curta o bb e um tempo só pra você.

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